Obrigado, George Miller! Obrigado por presentear os fãs da trilogia. Obrigado por levar "ação" ao pé da letra. Obrigado por não corromper uma das séries de filmes mais fantásticas do cinema. Obrigado, George Miller, por Mad Max: Fury Road (Mad Max: Estrada da Fúria).

"Meu nome é Max. Meu mundo se resume à um único instinto: Sobrevivência. A medida que o mundo cai fica difícil saber quem é mais louco. Eu... Ou todos os outros".


  O longa é iniciado com uma sinistra narrativa de Max (Tom Hardy) que, assombrado por seus fracassos e pessoas que deixou pelo caminho, tenta trilhar seu caminho solitário. Nesse eletrizante sequel, um grupo de fuga liderado por Furiosa (Charlize Teron linda até careca) precisa contar com a ajuda do anti-herói para abandonar o povoado tiranizado por Immortan Joe e seu exército kamikaze. 

  O excelente trailer de Mad Max: Fury Road não mostra quase nada do filme, mas mostra tudo o que se esperar dele! O filme, salvo algumas cenas (lógico), praticamente NÃO PARA! São 2 horas de adrenalina... Explosões, perseguições de tirar o fôlego, corpos voando e tudo dentro de um contexto que se encaixa com todo. Miller foi desafiador o suficiente pra propôr uma trama com quase nada de enredo para dar continuação à um intocável clássico. O que poderia ser um vergonhoso fracasso foi um absoluto sucesso. A unanimidade nas críticas não vão me deixar mentir. Outro ponto interessante de Mad Max é ele estar sim ligado aos três anteriores, mas de uma forma que não compromete a compreensão de quem infelizmente não os assistiu. 

  Concluindo... O cenário é fantástico. Fotografia e efeitos visuais de aplaudir de pé. Tom Hardy surtadíssimo no papel de Max, tal como Mel Gibson na trilogia. Charlize Teron é a alma e coração da trama. Excelente performance! O War Rig (Carro de Guerra) é espetacular e, preciso enfatizar isso: 80% das cenas do filme são gravadas no deserto sem efeitos especiais! Hahaha parece mentira! Assista e confirme com seus próprios olhos minha avaliação do filme que é forte candidato a ser o melhor dos blockbusters de 2015. 


NOTA : ★★★★½
[ Mad Max: Fury Road / 2015 / George Miller ]


  Quando uma comédia romântica tem como protagonistas o clássico galã e a típica desastrada, tem como cenário a bela cidade de Nova York e como título Encontros & Desencontros do Amor, é mais que lícito imaginar "Esse filme definitivamente não vai me surpreender". E não surpreenderia mesmo se não fosse pelo simples fato de que a ideia do filme é justamente satirizar o gênero. Ou seja, uma paródia de comédias românticas.

  Paul Rudd é Joel, um executivo de uma corporação de doces que ameaça destruir a pequena doceria de Molly (Amy Poehler). Ambos se conhecem por por acidente a caminho de uma festa onde foram convidados e vestindo, por coincidência, a mesma fantasia! Até parece um clichê romântico. Só falta mesmo eles se odiarem à primeira vista. Aliás... Esquece. Isso também acontece.

  Do diretor e roteirista David Wain (de Role Models - Faça o que eu digo, Não faça o que eu faço), Encontros & Desencontros do Amor (They Came Together) diverte por ser uma narrativa absurda e intencionalmente clichê. A maneira com que a previsibilidade toma uma proporção exagerada e ridícula é realmente hilária em diversas cenas da trama. 

  Tendo pouco mais que 1 hora de filme, Encontros & Desencontros do Amor não é nada marcante ou digno de uma crítica notável, mas é engraçado e ousado o suficiente para valer a sua conferida. 

NOTA : ★★½
[ They Came Together / 2014 / David Wain ]

  O que muda em 10 anos? O que é modificado na vida de alguém durante uma década após a formatura do Ensino Médio? A olho nu, esse é o grande questionamento da comédia dramática e romântica de Jamie Linden. Com um estrelado elenco, 10 years (10 anos de Pura Amizade) traz em seu miolo reflexões que podem passar desapercebidas devido ao estilo despretensioso do filme.

  Um grupo de amigos decide se reunir por uma noite e relembrar da época de colegial, reencontrar velhos amigos e se divertir juntos uma vez mais. A nostalgia é o grande elemento da trama e, se quer saber, não poderia ser diferente com essa temática. Impossível acompanhar a sequência sem ficar um tanto saudosista.

  Num ritmo bem leve o filme nos guia através dos personagens e nos permite conhecer um pouco de cada um, de forma que somos apresentados não somente ao que são mas ao que costumavam ser. Tínhamos Jake (Channing Tatum) e Mary (Rosario Dawson) como o notável casal do ensino médio, Cully (Chris Pratt) como o popular valentão, Reeves (Oscar Isaac) como o romântico incurável, Marty (Justin Long) no papel do playboy mulherengo, e por aí vai... O grande barato é notar que que embora muito tenha mudado, outro tanto não mudou nada. A batalha de egos ainda estava ali. A amizade ainda estava ali. A insegurança ainda estava ali. E para a surpresa de Jake ao reencontrar Mary, algo mais ainda estava ali...

  Um roteiro que pode muito bem ser classificado como "nada demais" seguindo em um passo monótono. Surpreendentemente, o filme funciona demais. Ótima pedida para um domingão sem compromisso... Dar o play e relaxar. 10 Anos de Pura Amizade se importa em passar uma mensagem muito maior do que o que aparenta. A pergunta que deveria ser feita, nesse caso, seria: O que NÃO muda em 10 anos?

"Por que gastar seu tempo olhando para trás quando há tanto para se olhar pra frente?"

NOTA : ★★★
[ 10 Years / 2011 / Jamie Linden ]