Ex Machina: ★★★★

/
2 Comments

  Quando me perguntam qual é o meu gênero preferido de filme, não exito em dar "Ficção Científica" como resposta. Uma pena que, ao responder, muitas vezes dou de ouvidos com comentários do tipo "Eu também. Amo Star Wars", "Exterminador do Futuro é massa". Hahahaha! Pois bem, eu até concordo com as duas afirmações exemplificadas, mas é que não é esse tipo de Sci-Fi ao qual me refiro. Ex Machina sim é o tipo de filme de Ficção Científica ao qual me refiro!

  Caleb Smith (interpretado por Domhnall Gleeson) é um programador do motor de busca mais usado do universo da trama, a Blue Book, e que foi supostamente sorteado para passar 7 dias numa mansão na ilustre companhia do CEO da empresa, o gênio Nathan Bateman (nada menos que Oscar Isaac). Ambientada de maneira isolada entre montanhas, a dita mansão tem um ar bastante claustrofóbico, eu diria. Um lugar propício para qualquer um literalmente pirar.

  O enredo fica interessante quando Nathan propõe a Caleb que ele seja voluntário em um teste a ser feito com seu mais recente projeto, um robô de inteligência artificial na persona da bela Ava (Alicia Vikander). A ideia do teste, na teoria, é proporcionar sessões de diálogos entre Caleb e Ava afim de identificar o quão aproximados da humanidade estão as características e raciocínio do androide. Mas nem tudo é o que parece... 

  Me fazem falta Sci-Fis onde se explora bem tanto a ficção como a ciência, uma vez que o rótulo é dado a qualquer filme de robôs, alienígenas e etc. Ex Machina é justamente tudo o que esses filmes não são: Um portal à um mundo de infinitas possibilidades dentro do contexto científico. Afinal, é dessas possibilidades e ideias que a ficção científica se trata. Que conversa de bêbado é essa? Trata-se de um conceito que há muito esmaecia e tem sido resgatado em alguns filmes, dentre os mais notáveis o Interestelar: A inquietude mental causada pelo verdadeiro Sci-Fi

  Ex Machina impressiona também por inflamar em seu emocional uma fagulha de suspense que será carregada até os minutos finais. A paranoia que se sente devido a pseudo-paz que a filmagem e cenário proporcionam perturba a ponto de causar um desconforto real. E isso tudo sem mencionar as atuações formidáveis de Alicia e Oscar Isaac (como sempre), embora Domhnall tenha feito sua parte também de maneira mais discreta. 

  E após pouco menos que 2 horas, começa a segunda parte do longa-metragem: A reflexão que Alex Garland (diretor) te proporciona. Tantas perguntas e tantos pontos relevantes a se pensar que é quase impossível fazer uma resenha dessa sem querer dar spoilers! Hahaha... Quando após a tela preta final debater sobre o filme é uma necessidade, amigos, tenham certeza de uma coisa: O que vocês assistiram é, numa perspectiva pessoal ou até global, atemporal.


NOTA : ★★
[ Ex Machina / 2015 / Alex Garland ]


Mais textos que você poderá gostar

2 comentários:

  1. Baita filme ... realmente (e finalmente) uma ficção científica, científica! Um final que te faz realmente pensar e pensar muito sobre o assunto. Quase que corto meu braço também! kkkkk

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Cê tá louco! Até eu achei que ele fosse o android no fim das contas. Ou que o professor fosse o Android. Ou que eu fosse o Android...

      Excluir